A Sombria Presença de Satanás em Hollywood

 


A Indústria do Entretenimento e os Sussurros Sombrios da Fama: Uma Reflexão

A indústria do entretenimento, frequentemente glorificada como a "Terra dos Sonhos", onde o extraordinário acontece e os artistas parecem inalcançáveis, é submetida a um escrutínio profundo no vídeo "A Sombria Presença de Satanás em Hollywood". Por trás do brilho e da adoração das massas, o documentário sugere uma narrativa mais sombria e complexa: a de uma presença manipuladora, muitas vezes personificada como Satanás ou uma entidade controladora, que permeia os bastidores de Hollywood e da música.

O vídeo explora a ideia de que essa entidade, descrita como possuidora de astúcia e inteligência superiores, age de forma sutil, manipulando desejos, medos e fraquezas humanas. É uma força que "não mente ou engana de forma óbvia, ele dá exatamente o que você quer do jeito que você sempre sonhou", mas levanta a questão crucial: "Será que estamos prontos para pagar o preço?".

O "Pacto" com o Diabo: Uma Narrativa Recorrente

Um dos temas mais marcantes é a recorrente história de artistas que teriam feito supostos pactos para alcançar fama e talento sobrenatural. O exemplo clássico é o do violinista Giuseppe Tartini, que em um sonho no século XVIII, teria recebido do próprio diabo uma melodia de "complexidade extraordinária". Apesar de ter composto a aclamada "Sonata do Diabo", Tartini considerava sua obra uma "pálida imitação" do que ouviu, o que sublinha a ideia de uma capacidade musical quase inumana da entidade.

Essa narrativa ecoa em tempos mais modernos. Robert Johnson, um músico de blues com habilidade inicial medíocre, teria retornado de um desaparecimento com uma técnica "sobrenatural" após um suposto pacto em uma encruzilhada, vendendo sua alma para se tornar o maior guitarrista de blues de sua geração. Sua música "Cross Road Blues" é interpretada como um relato codificado de seu encontro.

Mais chocante ainda são as declarações de artistas contemporâneos. Bob Dylan afirmou em 1966 que sua ascensão se devia a um "acordo com o chefe lá de baixo". Katy Perry, em 2013, declarou abertamente ter "vendido a sua alma ao Diabo" após sua carreira gospel não ter prosperado. Nomes como Ozzy Osbourne, Marilyn Manson, Madonna e Jimmy Page são mencionados como tendo se envolvido com pactos. Kanye West, apesar de suas músicas cristãs, também gerou controvérsias ao falar sobre a "sujeira" da indústria e o Diabo infiltrado nela, chegando a declarar em shows que "vendeu sua alma".

Simbologia e Ocultismo: A Normalização do Tabu

O vídeo destaca a proliferação de símbolos que desafiam a moralidade e o sobrenatural na indústria do entretenimento. Esses símbolos, muitas vezes percebidos como subliminares, aparecem tanto em produções para adultos quanto para crianças, contribuindo para uma "normalização do satanismo" ou, para alguns, uma forma de chocar valores tradicionais.

Exemplos são abundantes: Lady Gaga em um clipe "caindo do céu" como Lúcifer, a presença do ocultista Aleister Crowley em uma capa de álbum dos Beatles, Anitta cantando músicas "perversas" em cima de uma igreja, a palavra "Satã" em shows do The Weeknd, e a exploração de figuras religiosas "defasadas" em clipes. Shows como o "AstroWorld" de Travis Scott em 2021 são descritos como "rituais a céu aberto" com uma energia pesada e referências a portais para o abismo, associados a tragédias. Artistas como Sam Smith e Lil Nas X também são citados por seu uso provocativo de simbologias, com Lil Nas X em "Montero" descendo ao inferno para dançar com o Diabo e lançando tênis "Satan Shoes" com sangue humano e o número 666. A questão que se impõe é: seria isso apenas "marketing para chocar os conservadores" ou uma confirmação da "presença de Satanás na indústria"?.

Manipulação Cultural e a Perda do Propósito

A música é retratada não apenas como uma forma de expressão artística, mas como um "veículo poderoso de influência cultural" que, ao longo do tempo, tem refletido e até mesmo normalizado "a violência, o uso excessivo de drogas e do sexo como entretenimento". Desde o rock'n'roll dos anos 50, que flertou com o proibido, até a contracultura dos anos 60 com o LSD e o heavy metal, punk e hip hop, que exploraram temas sombrios e violência, a música tem moldado comportamentos.

A tese se aprofunda ao questionar o padrão de afinação musical em 440 Hz, sugerindo que 432 Hz estaria mais alinhada à natureza, levantando a dúvida sobre a "real intenção" por trás do padrão prevalecente. A manipulação cultural é descrita como "quase hipnótica", com melodias e letras que alteram os valores sociais. O "diabo ou a Indústria Musical", como o espectador preferir chamar, são apresentados como "mestres do engano" que se escondem em melodias cativantes e espetáculos grandiosos para manipular a população, fazendo-a "esquecer do seu real propósito". A crítica é que essa entidade distrai as pessoas, as leva a "idolatrar pessoas, brigar com familiares por conta de ideologias perdidas, acabando com a sua saúde para que a sua alma seja tomada antes do arrependimento".

Metáfora ou Realidade?

O vídeo convida o espectador a interpretar a "entidade" como quiser, "com ceticismo ou crença". Mesmo para os céticos, sugere que se observe essa força como algo que "realmente existe", talvez como uma "elite que tenta nos limitar como humanos, nos alienando e nos escondendo da Verdade e do nosso verdadeiro potencial". A ideia de ser "mais esperto do que o Diabo" é considerada uma "tarefa monumental senão impossível", seja por sua astúcia literal ou pela complexidade das manipulações internas e externas.

O Preço da Fama e a Reflexão Final

A reflexão culmina na constatação de que muitos artistas que buscaram fama e poder tiveram "um fim triste e prematuro", como Tupac, Kurt Cobain e Chris Cornell, indicando que a riqueza e o reconhecimento nem sempre trazem satisfação. A indústria, ao promover a auto-idolatria e a normalização de vícios, desvia os indivíduos de seu verdadeiro potencial.

Em essência, a mensagem do vídeo é um convite à reflexão sobre o lado oculto da busca incessante por sucesso e reconhecimento na indústria do entretenimento. Se o diabo atua por meio da arte, ele "não aparece como uma figura assustadora; ele surge nos sussurros de um contrato, num brilho sedutor da fama e na promessa de eternidade, oferecendo talvez tudo o que sempre quisemos ao custo de tudo o que nós somos". Hollywood, a "Terra dos Sonhos", pode ser, paradoxalmente, um palco para a perda da essência e do propósito genuíno em troca de um brilho efêmero.


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