O vídeo "7 DE SETEMBRO DEIXOU TRUMP MUITO FELIZ! E NIKOLAS E O PASTO SILAS DESTROEM A TIRANIA!", do canal "Encarando o Sobrenatural Oficial", oferece uma visão intensa e combativa sobre o panorama político brasileiro, filtrada pela ótica da direita e com claras referências a figuras políticas proeminentes. A gravação, que se propõe a uma análise sobre os eventos de 7 de setembro, rapidamente se expande para uma crítica contundente ao atual governo, ao judiciário e a opositores específicos, enquanto celebra a resiliência do movimento conservador e pró-Bolsonaro.
A narrativa central do vídeo é a de uma vitória estrondosa da "oposição" ou "direita" no 7 de setembro, mesmo sem a presença física de Jair Bolsonaro, um evento descrito como "monstruoso" e "vitorioso". O contraste é feito com o que é percebido como um "passa vergonha" por parte do governo eleito, que, apesar de ter "a máquina pública na mão", teria tido menos pessoas assistindo do que desfilando. Essa percepção de vitória é tão significativa que o apresentador, Davi, sugere que o próprio Donald Trump observou o evento com satisfação, interpretando-o como um reforço à sua própria narrativa de estar "sofrendo um golpe" e vendo Bolsonaro como um candidato a ser apoiado, o que seria parte de uma "estratégia do Trump aqui pro Brasil".
Um dos pilares do discurso no vídeo é a crítica veemente ao Supremo Tribunal Federal (STF), com destaque para o ministro Alexandre de Moraes. Ele é rotulado como "ditador da toga" e acusado de "rasgar sucessivamente a Constituição". As principais alegações contra Moraes incluem:
- A condução de um "inquérito imoral e ilegal de fake news" sem a participação do Ministério Público.
- A instauração de um "crime de opinião" no Brasil, resultando em censura e até no exílio de brasileiros.
- Um "modus operandi" que visa "colocar medo, calar a boca e travar seus opositores".
- A comparação da atuação de sua equipe com a "Gestapo", a polícia política de Hitler.
O pastor Silas Malafaia, um dos oradores, compartilha experiências pessoais que, segundo ele, exemplificam essa perseguição. Ele relata ter sido incluído em uma investigação por "obstrução de justiça, coação no curso do processo, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito" por crime de opinião. Malafaia também menciona a apreensão de seu passaporte e cadernos de anotações bíblicas no aeroporto, interpretando esses atos como "perseguição política religiosa" e intimidação, que o impedem de exercer sua função como conferencista internacional. Ele questiona a legalidade dessas ações, especialmente a apreensão do passaporte, dado que estava entrando no Brasil e não saindo, o que contradiria a necessidade de "fuga eminente".
O vídeo também direciona suas críticas a figuras do Congresso Nacional, com Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco sendo denominados "covardes" por não pautarem um pedido de impeachment de Moraes. Há uma clara insatisfação com a ideia de que o voto popular "não vale nada" e que "quem manda é ele Davi Columbre".
A defesa de Jair Bolsonaro é outro ponto central. Ele é apresentado como vítima de uma "perseguição política" e de um "golpe". A comparação entre o processo judicial de Bolsonaro e o de Lula é usada para argumentar que há uma justiça seletiva, com Bolsonaro sendo julgado por "golpe de estado" em uma "turma com três suspeitos" (Alexandre Moraes, Zanin e Flávio Dino) para "acelerar o processo e prender Bolsonaro", enquanto Lula foi julgado por corrupção no plenário.
A questão da anistia é fortemente levantada. Os oradores defendem a anistia para os participantes dos eventos de 8 de janeiro, chamados de "pessoas de bem", e também para Bolsonaro. Eles contrastam essa demanda com anistias históricas concedidas a "guerrilheiros, assassinos, assaltantes de banco, sequestrador de embaixador", argumentando que a esquerda demonstra "não ter caráter" ao ser contra a anistia atual.
Apesar do cenário de perseguição descrito, o vídeo conclui com uma mensagem de esperança e resiliência para o movimento "verde e amarelo". A crença é que, mesmo que um dia não haja Lula nem Alexandre de Moraes, o Brasil se tornará novamente uma "nação soberana" com um "presidente de coração verde amarelo". Há um chamado à resistência e à fé, afirmando que "Deus vai fazer justiça nessa terra" e que "o Brasil não vai virar Venezuela", pois "o Brasil é nosso". A mensagem final para Alexandre de Moraes é uma declaração de fé e de que "o Deus todo poderoso vai te derrotar no tempo certo".
Em suma, o vídeo é um manifesto da direita brasileira que, utilizando uma linguagem forte e emocional, expressa profunda insatisfação com o estado atual da política e da justiça no Brasil, enquanto reafirma sua identidade e aposta na fé e na mobilização popular como forças transformadoras. A interconexão com figuras internacionais como Trump e a leitura de um cenário de batalha política e espiritual são elementos marcantes dessa perspectiva apresentada.
